Servidores e servidoras paulistas
Estamos num momento muito complicado. O desespero com a situação dos servidores públicos, especialmente a grave situação em que foram colocados os aposentados e pensionistas, estão levantando discussões preocupantes. Os servidores da ativa, também foram atacados com a reforma previdenciária federal e estadual. Aliás esse última é filhote da primeira.
Estão equivocados os que acreditam que a reforma previdenciária acabou. Muitas leis complementares e decretos estão a caminho. Servidores federais estão sendo colocados na administração do INSS e isso virá para estados e municípios, até termos um único regime de previdência, e então sentiremos todos o peso do estado mínimo neoliberal. O momento seguinte não será mais salário mas um auxilio aposentadoria.
O que precisamos entender, aposentados, pensionistas e da ativa é que o que se avizinha é o fim do serviço público que conhecemos hoje, e claro, na esteira, o fim do trabalhador servidor público.
Como exemplo, a reforma administrativa de Bolsonaro com apoio do centrão. A troca da prestação de serviço público e gratuito pelo estado, por empresas avidas pelo lucro. É a reforma administrativa que acaba com o estado do bem-estar.
Será que não está claro que Tarcísio foi escolhido pelo planalto como candidato ao governo para o Estado de São Paulo. Complementar as reformas neoliberais, criar aqui uma milicia a exemplo do Rio de Janeiro? Alguém que nem conhece a terra, onde chegou de paraquedas?
Se reunir com Tarcísio para discutir as propostas de governo, do serviço público e dos servidores? Extrair suco do caroço da fruta?
Somente Haddad assumiu em público o diálogo aberto com os servidores garantindo a importância de implantar mesa de negociação. Isso sim vamos cobrar com todas as nossas forças. Que nada mais seja encaminhado para votação na Assembleia Legislativa sem ser discutida com a sociedade e em se tratando dos trabalhadores servidores públicos, sem que sejam ouvidos. E o primeiro ponto é o fim do confisco aos aposentados e pensionistas. Vamos cobrar, mas não é só isso, temos muito mais direitos para exigir e vamos nos organizar para isso.
Diálogo é democracia e vamos exigir esse respeito.
PELA DEMOCRACIA, PELA VIDA!
José Gozze
PÚBLICA, FESPESP, ASSETJ, FRENTE PAULISTA
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