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Guedes perde equipe após falar em licença para furar teto.

Pediram demissão Bruno Funchal, secretário de Tesouro e Orçamento; Jeferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional; Gildenora Dantas, secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento; e Rafael Araujo, secretário-adjunto do Tesouro Nacional.

A mudança no teto de gastos provocou uma “debandada” do Ministério da Economia. O secretário do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e mais 3 auxiliares do ministro Paulo Guedes pediram demissão nesta 5ª feira (21.out.2021).

São eles, além de Funchal:

  • O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt;
  • A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas;
  • E o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.

Funchal e Bittencourt vinham defendendo a manutenção do teto de gastos, pois entendem que esta é a principal âncora fiscal do país. Segundo o Ministério da Economia, eles pediram demissão por “razões pessoais”. Em nota, o Ministério da Economia disse que “Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país”.

A área também disse que “os pedidos foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos, tanto da Seto (Secretaria do Tesouro e Orçamento) quanto da STN (Secretaria de Tesouro Nacional)”. Depois da saída em massa, o Tesouro Nacional disse que os secretários vão aguardar o ministro Paulo Guedes indicar seus substitutos para deixar o governo. “Eles continuam despachando com o ministro nesse período“, disse.

  • R$ 39 bilhões – virão com a mudança no cálculo do teto de gastos. Será considerado o IPCA acumulado em 12 meses até dezembro, e não até junho;
  • R$ 44 bilhões – com parcelamento de dívidas judiciais (precatórios).

Há menos de 1 mês, Bruno Funchal disse que a solução para o impasse dos precatórios e do Auxílio Brasil não deveria fragilizar o teto de gastos. Para ele, é preciso “ter referências importantes que é manter a nossa principal âncora fiscal”.

Bruno Funchal integrava o “Time A” da equipe econômica desde julho de 2020, quando passou a comandar o Tesouro Nacional. Ficou no lugar de Mansueto Almeida, outro grande defensor do ajuste fiscal. Foi chamado para o cargo pelo então secretário de Fazenda Waldery Rodrigues, depois de ter sido indicado pelo economista e professor Aloisio Araújo, que foi orientador de Funchal na FGV (Fundação Getulio Vargas).

Em maio deste ano, Funchal passou a chefiar a Secretaria de Fazenda. Recentemente, seu cargo foi renomeado para secretário especial de Tesouro e Orçamento por causa de uma reformulação implementada por Paulo Guedes. No início do governo, Funchal foi diretor de Programas no Ministério da Economia e presidente do Conselho Fiscal da Caixa Econômica Federal. É um dos técnicos responsáveis pela elaboração do projeto do Pacto Federativo.

Jeferson Bittencourt assumiu a Secretaria do Tesouro Nacional em abril, após a reformulação da equipe econômica. Em junho, disse que o teto de gastos mostra o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e “não deveria ser revisto”.

Eis a íntegra da nota do Ministério da Economia:

“O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (21/10). A decisão de ambos é de ordem pessoal. Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país. A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos por razões pessoais.

Os pedidos foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos, tanto da Seto quanto da STN.”

19 BAIXAS Com a saída dos comandantes da Secretaria do Tesouro e Orçamento, chega a 19 o número de baixas da equipe montada pelo ministro Paulo Guedes. A última saída havia sido a do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Ao assumir o Ministério da Economia, o Posto Ipiranga montou um time conhecido como “Chicago Oldies” –uma alusão aos Chicago boys, time de jovens liberais egressos da Universidade de Chicago que reformou a economia chilena durante a ditadura de Augusto Pinochet. Porém, boa parte do time já deixou o governo, muitos pedindo demissão.

Guedes montou 7 secretarias especiais ao entrar no Executivo. Depois, elevou para 8 o número de secretários especiais. Dos primeiros nomeados, no entanto, apenas 1 se mantém no cargo: o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa.

Fonte: Poder 360

Comunicação/Cal/Pública/2021

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