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Maia: Voto impresso só está na pauta para gerar instabilidade nas eleições

O deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ), ex-presidente da Câmara, disse, em entrevista à Rádio Jovem Pan, ser contrário ao voto impresso e avalia que o tema só está na pauta do governo para “gerar instabilidade no processo eleitoral de 2022”.

Para ele, a população deve se lembrar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “como um erro que não deve se repetir” a partir do ano que vem. Espero que a Câmara rejeite a PEC do voto impresso ainda na comissão porque a intenção deste projeto não é aprimorar o sistema, mas questioná-lo.

Todo ato que questiona o Estado Democrático de Direito precisa ser rechaçado. Aliás, o parlamento deveria se apressar para rejeitar a proposta, assim poderia se ocupar com o que realmente importa: a vacinação e osAo contrário do que tem afirmado Bolsonaro, a votação por meio das urnas eletrônicas já é auditável, permite recontagem de votos e garante segurança, segundo especialistas. Nunca houve nenhuma denúncia comprovada de fraudes nas eleições no Brasil desde a implantação do sistema eletrônico. Em diversos momentos ao longo dos últimos anos, Bolsonaro disse que houve fraudes na contagem dos votos nas eleições presidenciais de 2018 — quando ele venceu Fernando Haddad (PT) no segundo turno — e de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) se reelegeu após disputa acirrada com Aécio Neves (PSDB). Não há provas disso.

Após a vitória de Dilma, uma auditoria solicitada pelo PSDB constatou que não houve fraude na eleição de 2014. Sobre 2018, Bolsonaro repetidas vezes disse ter provas de que houve irregularidades no pleito, mas nunca apresentou as evidências. O governo federal também já admitiu, por meio de pedidos de Lei de Acesso à Informação, que a Presidência da República não possui documentos que provariam a suposta fraude.

Eleições em 2022 Durante a entrevista, Maia avaliou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o que lhe parece “mais sólido” para o pleito. Pesquisa Datafolha divulgada no início de julho mostrou que o petista ampliou vantagem sobre o atual presidente e marca 58% a 31% no segundo turno. No entanto, o parlamentar acredita que há espaço para o crescimento de uma “terceira via”, ou seja, uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro, citando o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT).

Maia diz ainda que Bolsonaro pode não ser reeleito no ano que vem, mas não pode ser esquecido pela população brasileira. Mesmo um presidente tão ruim para as instituições e para os brasileiros deve ser lembrado, só assim não cometeremos os mesmos erros. Brasileiros devem lembrar de Bolsonaro como um erro que não deve se repetir a partir de 2022.

Sem se projetar diretamente nas eleições de 2022, Maia disse estar à disposição para “construir um caminho alternativo”. “Quero participar de um projeto em meu campo político. Um projeto que entenda a importância da economia liberal, mas também compreenda o papel do Estado para reduzir desigualdades e coordenar as ações fundamentais do serviço público — como a saúde, a educação e a segurança. Em 2022, quero promover algo que ajude o país a crescer com sustentabilidade, se desenvolver e gerar empregos.”

CPI da Covid e impeachment O ex-presidente da Câmara avaliou que a CPI da Covid no Senado está causando “um grande desgaste do governo”. “Com a CPI, Bolsonaro passou a enfrentar problemas relacionados à corrupção, um tema que sempre tratou com bastante arrogância. Todas as denúncias estão enfraquecendo a gestão. Fora o que já sabíamos: a total falta de coordenação e projeto de governo para o país”, disse. Mesmo assim, ele descarta as chances de Bolsonaro sofrer um processo de impeachment — cabe ao presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL) decidir se abre o processo ou não.

“Há apoio político, mas essa base está custando muito para o Estado brasileiro. Ao passo em que a popularidade de Bolsonaro cai, as alianças do Congresso se fortalecem porque o governo está abrindo o caixa para o parlamento”. Questionado sobre os motivos que o levaram a não dar prosseguimento ao impedimento de Bolsonaro quando era presidente da Câmara, o parlamentar avaliou que o processo “fortaleceria ainda mais o governo”. “Naquela época, a Câmara não somava a quantidade de votos necessária para dar continuidade ao impeachment. O processo seria derrubado e isso fortaleceria ainda mais o governo Bolsonaro. Em relação à popularidade, as condições eram boas porque a base eleitoral do presidente estava minguando. Desde então, a crise segue se aprofundando e, hoje, a situação de Bolsonaro é muito pior do que há um ano. Mesmo assim, a probabilidade de um impeachment prosperar é muito pequena.”

Fonte: UOL Notícias 

Comunicação/Cal/Pública/2021

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