
Críticas à proposta encaminhada à Câmara pelo governo, que mantém benefícios dos chamados servidores “intocáveis” e não apresenta números claros sobre a mudança, reduz a probabilidade de avanços, às vésperas de ano eleitoral.
Instalada na semana passada, a Comissão Especial que discutirá a reforma administrativa (PEC 32/2020) tem o desafio de lidar com lobbies poderosos no Congresso Nacional. Apesar do interesse do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em avançar nas discussões, deputados são cautelosos ao avaliar o alcance da reforma, enquanto categorias de servidores criticam o teor do texto apresentado pelo governo e não veem a menor condição de a proposta ser aprovada, especialmente às vésperas de ano eleitoral.
A pública defende que essa proposta de reforma administrativa é imprestável e nem mesmo com eventuais alterações teria um mínimo de coerência. A PEC-32/2020 não serve para economizar verbas públicas, não serve para melhorar serviços públicos e tampouco acaba com distorções. Trata-se de uma reforma imprestável que só vai garantir um número infinito de de cargos temporários que servirão para negociações políticas e apadrinhamentos.
Comunicação/Cal/Pública/2021
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