Moção de Apoio aos trabalhadores da Educação de MG

A Pública Central do Servidor, que reúne sindicatos, associações, federações e confederações, vem a público manifestar seu apoio aos trabalhadores da educação no Estado de Minas Gerais e seu repúdio ao Governador Romeu Zema e sua Secretária de Educação, Julia Sant’Anna, pela irresponsabilidade de obrigar ao retorno presencial nas Unidades Escolares do Estado professores e estudantes, em plena ascensão da curva de contágio do Coronavírus.

Reconhecemos a fragilidade e a imensa desigualdade escancarada pela pandemia, desde março de 2020, no acesso universal à educação com qualidade social.

Manifestamos nossa preocupação com o aumento da vulnerabilidade social de crianças e adolescentes afastados do convívio escolar, expostos à insegurança alimentar, à fome, às violências doméstica e sexual, ao trabalho infantil, entre outros, que a escola, enquanto partícipe importante do Sistema e da Rede de Proteção à infância e adolescência, contribuía para denunciar, minimizar e, por vezes, impedir.

Reafirmamos que nada substitui a relação professor e aluno, em ambiente presencial, para o sucesso da aprendizagem e desenvolvimento infanto-juvenil e para a disseminação de hábitos seguros e saudáveis e, por isso, educação é serviço essencial.

E ainda que anunciem estudos que crianças e adolescentes possam adoecer menos, transmitir menos, apresentar poucos ou nenhum sintoma da COVID-19, que membros adultos da comunidade, entendemos que podem, sim, contribuir para o crescimento da disseminação do vírus pelo aumento da circulação de pessoas quando do retorno às aulas nos prédios escolares.

Acompanhamos de perto casos de professores e outros membros da comunidade escolar, que estão morrendo em decorrência da COVID-19 em todo país e nos comovemos com o caso da jovem Ana Clara Macedo dos Santos​, de 13 anos, que nos deixou nesta quinta-feira (25), sendo a primeira vítima, entre estudantes, após o retorno presencial em Campinas.

Por estas razões, a Pública apoia os sindicatos e associações da Educação, especialmente o Sind-UTE MG, por toda mobilização da categoria, em defesa da educação e da vida e contra o retorno presencial de estudantes e professores enquanto não houver segurança sanitária. É o momento de ensinar a importância da vida às crianças e adolescentes e não de levá-los ao risco da morte.

Comunicação/Cal/Pública/2021 

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