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A cronologia do desleixo do governo com a imunização no Brasil

Em abril de 2020 o Brasil foi convidado a fazer parte da Covax, a Aliança Mundial de Vacinas, uma coalizão de 165 países para garantir vacina contra a Covid-19. Pelas normas da Covax, o Brasil poderia encomendar mais de 200 milhões de doses (o equivalente à 50% da necessidade para duas doses da população brasileira). Pela sua população o país automaticamente estaria entre os 5 primeiros países a receber as vacinas. 

Em 04 de maio o presidente Jair Bolsonaro se recusou a fazer parte da Covax.

Em 15 de agosto de 2020 a gigante estadunidense Pfizer procurou o governo brasileiro para oferecer a venda de 70 milhões de doses da vacina. No e-mail enviado pela Pfizer havia a garantia que estes 70 milhões estariam à disposição do Brasil ainda em dezembro de 2020. Segundo Carlos Murillo, CEO da Pfizer, a empresa nunca obteve uma resposta do governo brasileiro.

Em 20 de outubro de 2020 o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Em menos de 24 horas após o anúncio do Ministro da Saúde, o presidente da República, Jair Bolsonaro desautoriza Pazuello e suspende compra da vacina CoronaVac.

Se você está comemorando os 6 milhões de doses (que não foram suficientes nem para vacinar metade dos profissionais da saúde na linha de frente), lembre-se que poderíamos estar realmente saindo desta pandemia com os 316 milhões de doses que o presidente Bolsonaro se recusou a comprar!

Para ficar bem claro:

6 milhões de doses foram suficientes para vacinar 1,4% da população!

316 milhões de doses seriam suficientes para vacinar 78% da população!

Com estes 316 milhões de vacinas importadas, o Instituto Butantan e a Fiocruz teriam tempo de sobra para produzir as 12% de doses que faltariam para vacinar todos no Brasil (e ainda aquecer a economia com a exportação das doses excedentes).

Ou seja, se você ainda não tem a mínima ideia de quando será vacinado, agradeça ao presidente. 

O Brasil passa por sua pior experiência em termos de Saúde pública comandada por um general de intendência que parece não entender de Logística ou pior, está ali para aceitar passivamente os desejos irresponsáveis de um presidente, acatando sem discutir. É um festival de informações truncadas em cada entrevista do Pazuello para explicar suas providências enquanto “Ministro da Saúde”, assim mesmo entre aspas.

Bolsonaro desde o início defendeu a desimportância com a Covid-19 e demitiu médicos que tinham competência para buscar as melhores soluções para a crise sanitária, mas como não eram subservientes com os desatinos do presidente, foram sumariamente afastados para dar lugar ao obediente e disciplinado militar. 

O Jair está conseguindo disseminar a desconfiança da população com militares do seu governo, porque a cada decisão desorganizada, quem está morrendo numa velocidade cada vez maior é a população. 

O Brasil entrará para história como uma nação deixada para depois, quando todos os outros países correram para se posicionarem melhor na corrida contra a morte e o que ouvimos do líder em chefe é que tudo isso não passa de uma histeria generalizada.

Precisamos que o Congresso  Nacional e a Suprema Corte desse país atue energeticamente para impedir que as posições destemperadas e negacionistas reserve o pior lugar na história para a sociedade brasileira. (MCZ) 

Comunicação/Cal/Pública/2021 

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