
BRASÍLIA – Em nova derrota política de Jair Bolsonaro, policiais federais rejeitaram a proposta do governo de reduzir para 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres) as idades mínimas para aposentadoria; além da PF, medida beneficiaria policiais rodoviários federais e policiais legislativos.
Durou poucas horas o acordo articulado pelo Bolsonaro que beneficiaria agentes de segurança na proposta de reforma da Previdência.
Num movimento de última hora, representantes dos policiais federais informaram na noite desta quarta-feira, dia 3, que não aceitam os termos do acordo firmado pelo governo com o Congresso Nacional — e que foi capitaneado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro — sobre as regras de aposentadoria da categoria na reforma da Previdência. Eles não concordam, por exemplo, com a criação de uma regra de transição para quem já está na ativa que exigiria um pedágio de 100% sobre o tempo que faltar para a aposentadoria, como foi proposto para trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos já em atividade.
Na prática, esse policial teria que trabalhar o dobro do tempo que hoje resta para requerer o benefício (ou seja, mais 100%). Se faltarem três anos na data da promulgação da reforma, ele teria que contribuir por mais seis.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, disse ao jornal Folha de S. Paulo que a proposta feita pelo governo “não resolve o nosso problema”.
“A idade mínima de 55 anos não era nosso principal problema. O governo está tentando vender que apresenta um novo texto melhor para a categoria, mas na verdade não melhorou nada”, disse Paiva.
Na proposta articulada por Bolsonaro, A idade mínima de aposentadoria da categoria ficará em 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres)
A Pública se faz presente e acha importante a divulgação das discussões em curso no Congresso Nacional sobre a reforma da Previdência, em defesa dos interesses dos Servidores Públicos e da sociedade brasileira.
Comunicação/Pública/2019.
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