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A Pública presente pelo Brasil no #FORA BOLSONARO

 

A Pública Central do Servidor esteve presente em Brasília e em diversas outras cidades brasileiras num dia de grandes demonstrações que a luta contra os desmandos de um governo descomprometido com a Saúde Brasileira está cada vez mais fortalecida. Com todas as preocupações da antiaglomeração durante a pandemia e com um atos de posicionamento de força política, assim se deu em todo o Brasil as manifestações que levaram para as ruas, milhares de opositores de Jair Bolsonaro (sem partido) que se uniram nesse 29 de maio em protesto contra o presidente da República, em todas as regiões do país.

Manifestações ocorreram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Brasília e em cerca de 200 cidades pelo país, segundo os organizadores, formados por movimentos sociais, partidos de esquerda e centrais sindicais. Eles empunharam a bandeira do impeachment – com cartazes e faixas de ‘Fora Bolsonaro”. exigiram a aceleração da vacinação contra a covid-19 e reivindicaram o retorno do auxílio emergencial de R$ 600. Entre outras pautas, estiveram a luta antirracista, o combate à violência policial e às privatizações e a defesa da educação pública. A utilização de máscaras foi maciça.

Em São Paulo, o ato concentrou, a partir das 16h, dezenas de milhares de manifestantes ao longo da Avenida Paulista, que foi bloqueada em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A manifestação se espalhou por sete quarteirões até a rua da Consolação. 

No Rio, o protesto foi organizado pela manhã, e percorreu trajeto que saiu do Monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, seguiu pela Avenida Presidente Vargas, passou pela Praça Tiradentes até terminar na Cinelândia.

No Recife, a Polícia Militar reprimiu os manifestantes, que denunciaram a violência, como o uso de bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha. A vereadora Liana Cirne (PT) foi atacada com gás de pimenta ao tentar negociar com policiais que estavam em uma viatura. Um trabalhador que passava no localteve um olho ferido por uma bala de borracha.

O governador Paulo Câmara (PSB) afastou policiais envolvidos no episódio, incluindo o comandante da operação, até que os fatos sejam esclarecidos em investigação instaurada na Corregedoria da Polícia Militar. “Repudiamos todo ato de violência, de qualquer ordem ou origem”, disse Câmara, em vídeo publicado nas suas redes sociais. A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, disse também que o governo do Estado não autorizou que a PM dispersasse o ato contra Bolsonaro.

Em Brasília, o protesto se concentrou, por volta das 9h, na altura do Museu Nacional da República, e depois desceu pela Esplanada dos Ministérios, rumo ao Congresso Nacional. Todas as seis faixas da via foram ocupadas. Alguns manifestantes fizeram uma carreata, que foi da Praça do Cruzeiro até a Rodoviária de Brasília, um trajeto de cerca de quatro

As manifestações dividiram a oposição a Bolsonaro e foram alvo de críticas por acontecerem presencialmente num momento em que o país ultrapassa 460 mil mortes pela covid-19. Durante a semana, entidades ligadas à esquerda, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), demonstraram, internamente, resistência à convocação dos protestos, por temerem que pudessem enfraquecer a defesa do isolamento social e o embate com os grupos bolsonaristas, que desde o início da pandemia promovem atos de apoio ao presidente, sem máscaras e com aglomeração.

Opositores de Bolsonaro fora do campo progressista, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), foram mais explícitos na crítica, ao justificarem a não participação. “Não há como promover uma manifestação com milhares de pessoas seguindo protocolos sanitários. Melhor agirmos para mitigarmos ao máximo a chegada de uma terceira onda. Quanto antes a pandemia acabar, mais rapidamente poderemos voltar às ruas”, disse o parlamentar o Valor.

Presidente nacional do Psol – um dos partidos que apoiaram as manifestações, assim como PT, PCdoB, PCB, PCO e UP –, Juliano Medeiros defendeu a ida às ruas e afirmou esperar que o restante da oposição a Bolsonaro, para além da esquerda, como “a turma do MBL”, se junte nas próximas mobilizações, que devem ser convocadas em breve, antecipou ao Valor.

Medeiros conta que a decisão pelos protestos neste sábado já estava tomada, mas ganhou uma adesão muito maior depois que Bolsonaro liderou uma motociata em seu apoio, no Rio de Janeiro, no último domingo, 23. “Aquela provocação, reforçando o negacionismo do Bolsonaro, causou uma indignação muito grande, e muitos mudaram de posição a partir dali”, diz o dirigente.

 

Para Medeiros, os riscos foram minimizados com a orientação para que todos os manifestantes usassem álcool gel e máscaras PFF2 – que foram distribuídas em pontos específicos e por grupos ligados à área da saúde que circularam pelos protestos. Quanto a evitar aglomeração, o dirigente reconheceu que essa recomendação seria difícil de ser cumprida, caso os presentes a cada ato chegassem a 10, 20, 30 mil pessoas.

Os protestos foram organizados pelas frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, integradas por dezenas de entidades. A manifestação paulistana contou com a presença do pré-candidato a governador de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol).

Ao chegar ao protesto, Boulos, que também é um dos coordenadores da frente Povo sem Medo, disse que “derrotar o Bolsonaro é uma questão de saúde pública”.

Indagado sobre o fato de o protesto ser realizado em meio à pandemia, Boulos afirmou: “Se você olhar em volta, vai ver todas as pessoas de máscara. Não há nenhum tipo de comparação entre essa manifestação e aquelas promovidas pelo Bolsonaro, baseadas no negacionismo”.

Mesmo entre os partidos que endossaram a iniciativa não houve unanimidade. Em Estados como a Bahia, por exemplo, o PT do governador Rui Costa incentivou a realização de atos virtuais.

Em Pernambuco, o Ministério Público estadual emitiu uma recomendação de suspensão dos atos marcados para este sábado, para evitar a disseminação do vírus. Ele expediu recomendações semelhantes contra aglomerações em manifestações de apoio ao presidente Bolsonaro.

O protesto foi mantido pelos organizadores, mas foi interrompido pela Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com os organizadores, o ato vinha acontecendo de forma pacífica e mantendo o distanciamento entre as pessoas.

Contudo, os manifestantes foram surpreendidos por uma guarnição da tropa de choque bloqueando a rua já no fim do trajeto.

Os manifestantes pararam a cerca de 200 metros do bloqueio, mas os policiais avançaram e lançaram bombas de gás, gerando correria.

No Rio de Janeiro, um grande boneco inflável do ex-presidente Lula, com os escritos “Lula Livre”, foi levado ao ato. Quase todos usavam máscaras. Vários locais tinham aglomerações, como os que concentravam baterias, e outros não. A Polícia Militar não acompanhou o protesto, como de costume.

Fontes: Valor – (Colaborou Marina Falcão, do Recife. Com informações do G1

Cobertura em Brasília: Comunicação Pública 

 

 

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