As Aves de Rapina Querem o Prato Principal: A Receita Federal
Em evento realizado em SP com os megaempresários, na noite dessa quinta-feira de 05 de março de 2020, dando sequência narrativa à reforma administrativa de destruição dos serviços públicos, Bolsonaro, e seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, desferiu mais um feroz ataque aos servidores, ao afirmar que a “Receita Federal atrapalha o desenvolvimento do Brasil”
Não bastasse o descalabro econômico do atual momento, fruto de teorias neoliberais simplistas fracassadas mundo afora, o governo Bolsonaro insiste na agenda de desmonte dos serviços públicos, agora com petardos disparados contra o órgão responsável pelas fontes de receitas da União e, portanto, pela execução das políticas públicas ainda existentes no país, que cada vez mais ganham uma nova roupagem/direcionamento, com o aumento dos privilégios para sistema financeiro e/ou megaempresários, em detrimento do desenvolvimento sustentável, focado no bem-estar social e na qualidade de vida do povo brasileiro.
A Pública, Central do Servidor manifesta veemente repúdio a mais essa tentativa de macular ou desmoralizar os servidores e a Administração Pública, quando esse (des) governo dá voz e ouvido a empresários desumanizados e sem nenhuma sensibilidade social, cujo objetivo único é maximizar seus ganhos e lucros, com a precarização/terceirização/privatização dos serviços públicos, com um custo social de dimensões incalculável, cujas consequências já são visíveis a olho nu, e pelos indicadores econômicos e sociais negativos divulgados: decréscimos de 5%, em termos reais do PIB, que hoje se encontra abaixo dos U$1,5 trilhão de dólares; pior desvalorização cambial do mundo, tirando, de vez, o país do ranking das dez principais economias mundiais; fuga de capitais que superam os U$100 bilhões de dólares, com a queda livre da bolsa de valores em face da insegurança e/ou falta de confiança no governo Bolsonaro.
Assim, a Pública, Central do Servidor reforça a necessidade da luta em defesa do bem-estar social e contra a destruição dos serviços públicos. Vamos às ruas cerrarmos fileiras na mobilização convocada, a saber:
- Ato/manifestação das mulheres em todos os estados e cidades no dia 8 de março;
- Paralisação dos trabalhadores e servidores públicos, com atos/manifestações em todos os estados e cidades no dia 18 de março.
Para o 18 de março, Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações em Defesa dos Serviços Públicos, Empregos, Direito e Democracia, as Centrais Sindicais estão organizando os atos unificados em todo país.
Na sede do Dieese, José Gozze e Rita Amadio Ferraro, presidentes da Pública Nacional e Pública São Paulo, respectivamente, participaram do encontro que definiu local da mobilização da capital.
Movimentos, Frentes e Centrais estarão no Masp/ Av Paulista, a partir das 16h e os demais atos ainda estão sendo articulados em outras cidades. A ideia é de paralisação durante todo o dia contra os desmontes no serviço público, pelos servidores, pelo estado democrático de direito e por mais empregos.
José Gozze
Presidente da Pública Central do Servidor
Movimento permanente em defesa da sociedade
Comunicação/Cal/Pública 2020