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A uberização do funcionalismo público faz parte de um projeto de enfraquecimento do país

Bolsonaro propõe a PEC da devastação social

A Reforma Administrativa do Governo Bolsonaro, que diminui direitos e garantias dos servidores públicos, provavelmente será encaminhada ao Congresso Nacional ainda no primeiro trimestre de 2020. A proposta permitirá a redução de salários e carreiras, alterações na aquisição da estabilidade e na jornada de trabalho, bem como questões relativas a inúmeros direitos historicamente conquistados.

Com o objetivo de tentar angariar apoio popular, governo, mercado financeiro, bancos privados e movimentos de direita já iniciaram uma campanha para colocar a população contra os servidores públicos, acusando-os de fazerem parte de uma “casta privilegiada”.

Em verdade, tudo isso não passa de uma farsa que tenta surfar na desinformação de grande parte da população e que encobre o objetivo de desmontar o modelo de Estado de Bem-Estar Social conquistado há quase um século pelo povo brasileiro.

A PEC do teto dos gastos (Emenda Constitucional nº 95), as privatizações, a reforma trabalhista, a reforma da previdência e a reforma administrativa fazem parte de um projeto que ataca os instrumentos de redistribuição de renda no Brasil e objetivam implantar o modelo de Estado ultraliberal, que não serve para um país como o Brasil e que somente concentrará a riqueza nas mãos de poucos, aumentando a pobreza e a exclusão social.

A quem interessa enfraquecer as garantias do funcionalismo público, senão a mais velha e sorrateira politicagem? O Governo Bolsonaro quer apontar os servidores públicos como privilegiados e, por consequência, como vilões da distribuição de renda do país, sendo que é justamente o contrário, uma vez que o servidor público é peça fundamental na busca por justiça social. Em verdade, os verdadeiros vilões do sistema não são os servidores, mas, sim, os grandes bancos privados, os grandes sonegadores de tributos e grandes empresas com relações espúrias com o poder público, turma que está por trás de toda essa manipulação que envolve a satanização do serviço e dos servidores públicos.

Antes dessa Reforma Administrativa contra os servidores públicos, deveria haver uma reforma em cima do lucro dos bancos e do mercado financeiro no Brasil. Porém, como o objetivo não é fazer justiça social, mas, sim, alterar o modelo de Estado para privilegiar os mais ricos, isso não vai acontecer enquanto governos de direita estiverem no poder.

A Pública Central do Servidor desde início das discussões da reforma da Previdência acompanha todos os movimentos do governo Bolsonaro caminhando em direção à retirada de direitos dos servidores públicos e desvalorizando o serviço público como um todo.

Contudo, sabemos que o ataque aos servidores públicos não nasceu por acaso. Os usurpadores da Pátria buscam enfraquecer o Estado Democrático de Direito que tem seu alicerce no funcionalismo que fiscaliza e impede os desmandos de grupos políticos e a usurpação de verbas públicas que está a cada dia que passa mais sem controle.
O modelo de estado que está sendo implementado busca retirar da sociedade brasileira direitos e serviços básicos para desviar essas verbas para o mercado financeiro especulador que nada produz e suga as riquezas dos brasileiros e do Brasil.

Nesse novo ano será fundamental uma maior união na continuidade do trabalho durante as reformas que estão por vir. A Pública contará com o empenho de suas entidades filiadas para mais uma jornada de luta em defesa dos servidores públicos.

Por Othoniel Pinheiro Neto

Comunicação/Pública/2020

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