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Governo do Espírito Santo se reúne com Pública estadual e entidades para recomposição da inflação

Finalmente, após sete meses e várias cobranças do Sindipúblicos e das demais entidades congregadas na Central Sindical Pública-ES,  o governo abriu negociação com os servidores. Na tarde desta terça-feira, 30 de julho, o secretário de planejamento, Álvaro Duboc, se reuniu com as entidades sindicais para discutir a recomposição inflacionária.

Estiveram presentes diretores da Pública-ES, Sindipúblicos, Sindifiscal,  Sindilegis, Sindijornalistas, Sindelpo, Sindijudiciário, Ascontrol, Assin, Acees e Focates.

Os sindicatos apresentaram uma detalhada análise realizada pelo assessor econômico Cid Cordeiro da Silva, formado na FAE- Faculdade de Administração e Economia – Curitiba; especialista em finanças públicas e mercado de trabalho; assessor de sindicatos no Paraná,  Espírito Santo, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Cid participou da reunião destacando que a economia do Estado está equilibrada, estável e vem apresentando um crescimento constante de receitas, batendo 17% apenas no mês de junho, o que garantiu o crescimento no semestre de 13,82%, o que fez o Espírito Santo, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN),  ter o 2º melhor resultado entre os estados com uma receita corrente líquida apenas no primeiro quadrimestre de R$14,1 bilhões, o que garante uma larga margem financeira para realizar a recomposição da inflação sem que atinja os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

De abril de 2014 até o momento, são 26.51% de perdas salariais segundo IPCA, o que representaria que o servidor, a cada ano, deixou de receber quase três de seus salários, o que impacta a economia familiar e de toda sociedade capixaba.

Os sindicatos reforçaram que a recomposição da inflação acumulada desde abril/2018, data do último reajuste, seria de 5.56%. Visto que o Espírito Santo fechou o primeiro semestre com um superávit de R$ 1,638 bilhão, a recomposição salarial dos servidores impactaria em R$ 24 milhões/mês, em torno de apenas 1% do superávit estadual.

As entidades ainda destacaram que o acordo com a União não impede, segundo análise jurídica,  o governo Casagrande em conceder a recomposição inflacionária que está prevista na Constituição Federal.

Após a apresentação do economista e das falas dos diretores sindicais, o secretário de planejamento Álvaro Duboc, não se contrapôs aos dados apresentados, destacou, porém, que alguns números estariam diferentes dos levantados pela sua equipe  mas se comprometeu a estudá-los estabelecendo uma negociação com a categoria.

A reunião foi finalizada com o compromisso das entidades protocolarem os dados apresentados e do governo estabelecer uma mesa de negociação entre a equipe técnica para analisar esses números e chegar, em conjunto com as entidades, à uma proposta que venha reduzir a perda salarial.

A Pública e as demais entidades que a compõem avaliam que o governo precisa ser ágil e garantir, nos próximos dias, uma resposta em consenso às demandas dos servidores e que, em caso de negativa, não descartam a convocação de  um movimento unificado com paralisações e greve geral.

Fonte: Sindipúblicos

Pública/Comunicação/2019

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